História da descoberta da Cetamina
A cetamina é um medicamento usado amplamente em anestesia, principalmente em procedimentos cirúrgicos. Além disso, é usado recentemente como antidepressivo e tratamento para ansiedade, vícios em substâncias, pensamento suicida e outras situações depressivas e de ansiedade. Ela, também, vem sendo usada para tratamento de dor crônica e complexa.
Neste artigo vamos contar sobre a história da descoberta da cetamina e como ela se tornou um método de tratamento tão importante.
Quem Descobriu a Cetamina
A cetamina (CI:581) é uma droga anestésica sintetizada pela primeira vez em 1962 na empresa farmacêutica Parke-Davis após a descoberta da fenciclidina (PCP).
Cal Bratton, MD, Ph., chefe de pesquisa farmacêutica da Parke Davis, estava convencido de que um derivado de ação curta da fenciclidina seria útil para pesquisas em humanos, porque seu delírio de emergência seria limitado e, portanto, clinicamente aceitável. Tais pesquisas não poderiam ocorrer em humanos com a fenciclidina devido o tempo prolongado de ação deste fármaco. Foi a partir de Cal Bratton que saiu a aprovação da síntese adicional de compostos relacionados da fenciclidina.
Quem liderou as pesquisas, para descobrir um derivado de ação curta da fenciclidina, para pesquisas em humanos, foi o farmacologista Calvin Lee Stevens, Ph.D., professor de química orgânica na Wayne State University, onde era consultor químico desta mesma empresa. Calvin teve sucesso e isolou o composto CI:581 conhecido como cetamina.
Para liderar as pesquisas, em 1964 Edwardo F. Domino aceita realizar os estudos de farmacologia clínica da cetamina em humanos. Edwardo F. Domino, MD esteve presente tanto no estudo da fenciclidina como da cetamina.
Domino, após ser convidado a realizar pesquisa clínica em humanos, entra em contato com um de seus colegas da Universidade de Michigan, Dr Guenter Corssen, MD, um médico Anestesiologista, para participar da pesquisa.
Um protocolo detalhado foi escrito, revisado e aprovado pelo comitê de uso humano da unidade de pesquisa clínica Parke Davis na prisão de Jackson, no estado de Michigan. O estudo continha 20 voluntários de uma população carcerária da Penitenciária Jackson em Michigan. Os efeitos colaterais eram 1 em cada 3 pacientes. Analgésico e anestésico seguro e rápido em doses de 1 e 2mg por kilo, não causava o delirium intenso no pós operatório como a fenciclidina. Não presenciaram taquifilaxia, permitindo a cetamina ser usada sem causar resistência com uso repetido. A depressão respiratória foi leve e transitória, tornando a cetamina uma droga segura para uso clínico. Os pacientes ficaram desconectados com a realidade: sensação de flutuar no espaço sideral e não sentir os braços e as pernas, porém, com um tempo bem mais rápido que a fenciclidina, tornando o resultado do estudo um sucesso.
Para descrever o trabalho realizado na penitenciária, usaram o termo como “Sonhar”, semelhantes à fenciclidina, mas os cientistas da Parke Davis não gostaram do termo e pediram a Domino para rever este termo. Tomi, a esposa do Domino sugeriu o termo de “anestesia dissociativa”: uma vez que os pacientes se sentiam desconectados do meio, fora da realidade. A esposa de Domino foi feliz na escolha e o termo foi aprovado pelos cientistas da Parke Davis, dando seguimento com a síntese da cetamina para uso humano e futura aprovação nos órgãos regulatórios.
Como a Cetamina da anestesia atingiu o nível de tratar transtornos mentais?
Após sua descoberta e aprovação pelo FDA dos Estados Unidos e órgãos governamentais do Reino Unido, a cetamina tornou-se rapidamente um dos medicamentos anestésicos mais comuns e seguros em procedimentos cirúrgicos em todo o mundo. Foi muito utilizada na Guerra do Vietinã para estricação de soldados feridos em campo de batalha, por ser uma droga analgésica e anestésica altamente potente e segura. A pressão arterial não abaixava e o sistema respiratório não ficava deprimido, mantendo, assim, os soldados feridos em situações mais seguras comparado ao uso da morfina que abaixava a pressão arterial e deprimia o centro respiratório, levando os soldados à óbito, o que não acontecia com a cetamina. Sendo utilizada até nos dias de hoje para estricação de pacientes vítimas de acidentes de trânsito que ficam presos nas ferragens.
Devido ao seu uso frequente em pacientes com dor aguda e crônica, muito utilizada na dor crônica dos ex-combatentes americanos pós combate na guerra do Vietinã, feridos por bombas, percebeu-se que a cetamina mantinha o paciente menos ansioso e menos depressivo em comparação com os pacientes que não usavam a cetamina. Os pesquizadosres ainda não sabiam o motivo da cetamina reduzir a ansiedade e a depressão.
Pernsando nos relatos da cetamina agir, em nível do campo da psiquiatria, como uma droga anti ansiosa e anti depressiva, um psiquiatra Iraniano e seu amigo anestesiologista decidiram realizar um trabalho neste campo da psiquiatria.
Foi em 1973 que o psiquiatra Khorramzadeh, E e o anestesiologista A. O. Lotfy publicaram o trabalho “The Use of Ketamine in Psychiatry,”. Foi o primeiro estudo do uso da cetamina, em Psiquiatria, realizado na Unidade Psiquiatra no Hospital Universitário no Sul do Irã. Porém, nesta época, ninguém deu importância para este trabalho, até porque estava surgindo outros medicamentos antidepressivos patrocinados por grandes indútrias famaceuticas e com propagandas muito bem elaboradas e financiadas e de grande alcance na psiquiatria.
Em 1983 descobriu-se que a cetamina agia nos receptores N- Metil -D Aspartato (NMDA) e que agia de forma muito positiva em pacientes com depressão. Muitos pesquisadores ficaram entrigados com isso e resolveram pesquisar sobre o assunto.
Um crescente corpo de pesquisas pré-clínicas sugere que os sistemas cerebrais de glutamato podem estar envolvidos na fisiopatologia da depressão maior e no mecanismo de ação dos antidepressivos. Este é o primeiro estudo duplo-cego controlado por placebo para avaliar os efeitos do tratamento de uma dose única de um antagonista do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) em pacientes com depressão.
Foi em 2000 que o Psiquiatra Berman RM e colaboradores, publicaram o trabalho sobre o uso da cetamina na depressão. Os resultados do trabalho de Berman sugeriu um papel potencial para drogas moduladoras do receptor NMDA no tratamento da depressão. A partir deste trabalho milhares de pesquisa surgiram sobre o assunto. E nos dias de hoje as pesquisas aumentam exponencialmente.
Infusão de Cetamina
Desde então, a cetamina vem sendo usada com sucesso em procedimentos de infusão endovenosa. Esta é uma técnica que consiste em administrar o medicamento diretamente na corrente sanguínea controlada por bomba de infusão, o que aumenta a sua eficácia.
A infusão de cetamina também tem se mostrado extremamente eficaz para tratar várias doenças mentais, como depressão, ansiedade, pensamentos e comportamentos suicidas e vícios. No Brasil, a empresa WMC Anestesia tem se destacado como referência na realização desta técnica.
Fundada pelo médico anestesista Wanderson M. Carvalho e localizada em Curitiba, a WMC Anestesia oferece tratamentos personalizados baseados na terapia com cetamina para tratar depressão, ansiedade, vícios e outras doenças.
Através da terapia endovenosa de cetamina (TEC), o medicamento se torna mais eficaz e, consequentemente, o paciente tem um resultado mais rápido
Onde Realizar Tratamento Com Cetamina
A WMC Anestesia conta com médicos especialistas e equipamentos modernos para oferecer tratamento com cetamina em Curitiba e São José dos Pinhais. A empresa oferece toda a segurança e conforto necessários para realizar o procedimento de maneira segura e eficaz.
Além disso, a WMC Anestesia conta com um serviço de atendimento personalizado para cada paciente e um serviço de acolhimento para ajudar os pacientes e seus familiares durante todo o tratamento.
Se você está procurando um tratamento com cetamina em Curitiba ou São José dos Pinhais, a WMC Anestesia pode lhe oferecer segurança, conforto e resultados eficazes. Para mais informações, entre em contato com a equipe da WMC Anestesia através do telefone (41) 3556-0936 ou do Whatsapp (41) 99152-3713. O endereço da empresa é Rua João Ângelo Cordeiro, 500 – Sala 28 – São Pedro | CEP 83005-570 – São José dos Pinhais / Paraná. O Diretor Técnico Médico da empresa é o Dr. Wanderson M. Carvalho, com o CRM-PR 15200 e o RQE 9617.